A Empada de Arraiolos apresenta-se com uma sugestiva confeção aliada à relação íntima com a gastronomia alentejana
Há anos que a autarquia assumiu que Arraiolos tem em mãos um "importante produto local com qualidade" habilitado a contribuir para o "desenvolvimento e dinamização da economia".
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O enquadramento histórico dá conta dos "saberes seculares" que passaram pelas gerações conservando os aromas. E de onde vem esta tradição? Recuemos aos anos 30 do século passado, quando o Café Visitação anunciava que ali se faziam as "verdadeiras empadas de Arraiolos", em disputa com o Café Ideal, que reclamava como suas, as "genuínas" empadas de galinha. Assegurava que já vendia para Estremoz, Lisboa, Porto e Estrangeiro... Desde 1922.
Avancemos até aos dias de hoje, quando Arraiolos se prepara para abrir portas a um argumento de peso para que a iguaria possa ser degustada. Será à boleia da Mostra Gastronómica do Concelho, que vai ocupar o pavilhão Multiúsos a partir desta sexta-feira e até dia 6 de novembro.
Ao lado das empadas vão à mesa outras tradições e sabores da gastronomia alentejana, regadas com os vinhos de castas selecionadas. Os queijos da terra também por lá andarão. Tal como os doces conventuais.
À festa não faltam os célebres tapetes de Arraiolos, que em setembro de 2021 alcançaram a publicação do registo oficial no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, aguardando-se agora pela apresentação junto da UNESCO, onde o ponto de Arraiolos vai tentar conquistar a classificação.
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Para nos ajudar a perceber porque vale a pena visitar Arraiolos ao longo de uma semana, temos connosco Luís Chinelo, da Comissão de Acompanhamento da Qualidade da Empada, Francisco Pimenta, da Confraria dos Enófilos do Alentejo, Rui Lobo, do Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos, e Sílvia Pinto, presidente da autarquia.