As alterações climáticas reforçam a necessidade de uma agricultura cada vez mais sustentável. Portugal está no bom caminho, mas há muitos desafios a superar.
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A sustentabilidade não é uma moda, mas sim a garantia dos nossos filhos, netos e bisnetos.
As alterações climáticas, a dimensão de plástico nos oceanos e o aumento da temperatura global são hoje preocupações que levam à adição de linhas estratégicas por parte das empresas e, desta forma, deve existir uma revolução na cadeia de valor do consumidor, que começa pela nossa maneira de pensar e agir, evitando o desperdício.
O foco será produzir melhor, respeitando os limites económicos e garantindo a eficiência na gestão e utilização de recursos.
Hoje, os níveis de produtividade têm vindo a melhorar, o que se deve sobretudo ao avanço da tecnologia e às linhas orientadoras globais. No entanto, um dos principais fenómenos mais dramáticos, fruto das alterações climáticas, são as fontes hidrológicas, com a relevância de picos de cheias, dificultando a produção agrícola.
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A agricultura é o principal responsável pelo abastecimento global de comida e um dos pilares de biodiversidade do planeta. Garantir a segurança alimentar nos próximos anos é um desafio para o setor.
As florestas são fundamentais para a sustentabilidade global e cada vez mais, a procura de produtores de base florestal é maior e, a expectativa é de que a procura anual de madeira triplique até 2050. A escolha por materiais ecológicos e o consumo de recursos naturais devem fazer parte dos objetivos primários das empresas: a escolha de madeira em detrimento de plástico, a utilização de materiais reciclados, a utilização de fertilizantes naturais, sendo que o desperdício deve ser evitado independentemente da escolha do tipo de materiais.
Segundo o relatório da ONU, Portugal está entre os 30 países mais sustentáveis do mundo, ocupando o 26.º lugar em 126 países avaliados, o que significa que estamos num bom caminho.
Importante é reforçar que a grande revolução deve começar no compromisso coerente do consumidor, pois é cada um de nós o pilar de todas as estratégias desenvolvidas neste âmbito.