Uma competição, cientistas internacionais e uma refinaria movida a "big data". Só mesmo em Portugal

Transformação é a palavra de ordem dos dias de hoje. Seja na tecnologia, seja na própria indústria, a verdade é que avançamos a passos largos para um mundo onde quem não evolui, arrisca-se a ficar um passo atrás. E para a Galp, transformar e evoluir no setor da energia é mais necessário do que nunca.
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Analytics e big data são o mote de um evento que decorre este final de semana, mas que certamente vai dar que falar durante muito tempo. O palco vai ser a Refinaria de Sines e é lá que se vai poder assistir a uma competição entre cientistas de dados vindos de universidades europeias de onde se destacam várias equipas portuguesas .
O Datathon é organizado pela unidade de Transformação Digital da Galp e tem como grande desafio a otimização da performance de uma unidade da refinaria de Sines, de forma a potenciar a capacidade global do aparelho refinador da Galp. No caso concreto deste Datathon, o objetivo é procurar resposta aos desafios associados aos ciclos de trabalho de uma unidade processual da Refinaria de Sines.
A Galp dispõe de um sistema refinador integrado e de elevado nível de complexidade - constituído pelas refinarias de Sines e de Matosinhos - e tem sido objeto de um grande trabalho de modernização do qual faz parte a Digitalização. O objetivo é envolver as suas equipas e melhorar a eficiência das operações.
Assim, é fácil perceber que um dos grandes objetivos da empresa é estar a par de toda a transformação a que assistimos. Big data, machine learning, inteligência artificial, são alguns dos exemplos das várias inovações que hoje fazem parte do nosso mundo, da própria indústria. E são estas técnicas analíticas que permitem que os negócios consigam tomar decisões mais inteligentes e consigam, ainda, ter uma voz no novo panorama industrial.
Desta forma, o Datathon acaba por traduzir o compromisso da empresa na sua abertura ao ecossistema global de inovação e é, ainda, um novo passo firme no reconhecimento do papel fundamental que o big data tem na procura de soluções para os desafios que a indústria energética enfrenta.
Os cientistas que farão parte da competição representam a Universidade de Valência, a Universidade de Castilla-La Mancha, a Liverpool John Moores University, o Instituto Superior Técnico, a Universidade de Coimbra, a Universidade de Aveiro, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Resta então dizer que o evento vai decorrer entre sexta-feira e domingo e que todas as propostas de cada equipa serão analisadas por um júri de renome, numa cerimónia que terá lugar no último dia da competição. E porque a inovação dá mesmo direito a prémio, no caso de haver uma proposta vencedora, a equipa irá receber um prémio de 50 mil euros.