Visitar o Museu D. Diogo de Sousa é percorrer um guia explicativo da evolução humana na região, através de um espólio arqueológico que vai desde o Paleolítico até à época medieval.
Corpo do artigo
Foi criado em 1918 (é um dos mais antigos do país) como museu de arqueologia e arte geral, mas só a partir de 2007 se instalou, em definitivo, no edifício onde está hoje. E foi exatamente durante as escavações para a construção do Museu D. Diogo de Sousa que foi encontrada aquela que é hoje uma das principais atrações do espaço: "As ruínas de uma habitação dos primórdios da ocupação romana e da fundação da cidade, do século I, com a particularidade de ter uma zona toda revestida com mosaico, o que em Braga é em muito raro", assinala Isabel Silva, diretora do museu.
O achado foi integrado no projeto do próprio museu, que em 2015 recebeu a visita de 75 mil pessoas, e é hoje uma preciosa ajuda para os mais novos na compreensão do passado.
"As crianças dizem que vêm à casa do Titus porque para elas personifica um menino romano com quem sentem muita afinidade e são elas que, muitas vezes, trazem os pais pela mão para ver as evidências arqueológicas, os materiais... no fundo para se encontrarem com o seu passado e a sua memória", acrescenta Isabel Silva.
O período da ocupação romana da "Bracara Augusta" é o mais trabalhado com os públicos, sobretudo mais jovens, sendo o Museu D. Diogo de Sousa o elo preferencial com o passado da cidade que se reflete, por exemplo, na Braga Romana, evento anual promovido pela Câmara Municipal que reconstitui, nas ruas, as atividades económico-sociais da época.
Neste Dia Internacional dos Museus, o Museu D. Diogo de Sousa leva à cena a peça de teatro "Uma aventura no Forum de Bracara Augusta: Titus e a estátua nova do Imperador", um projeto realizado pelo Serviço Educativo do Museu com a colaboração dos alunos estagiários do Curso Profissional Artes do Espetáculo - Interpretação, da Escola Secundária Alberto Sampaio.