A coincidir com o 25 de Abril, festival Mar Motto defende a "liberdade" do mar

Na galeria temporária, vão estar expostas obras que exploram o tema da conservação dos oceanos, "assim como o papel da sociedade como agente determinante para o seu agravamento ou resolução", sublinha a organização. A Sciaena, uma Organização Não Governamental de cariz ambiental, com foco na defesa do mar, realiza este festival que já vai na 10.ª edição.

E, porque este ano tem início na véspera do 25 de Abril, o lema do festival é a liberdade. “Não o quisemos fazer o ano passado porque toda a gente estava a comemorar os 50 anos [da Revolução]”, explica Vasco Abreu. "Vamos usar este mote, da falta de liberdade que o oceano sofre às mãos do homem, como mensagem principal", sublinha o organizador.

Logo ao início, os visitantes vão entrar numa sala e sentir a experiência de descer às profundezas do oceano, através de uma obra de arte. “A parte principal da peça vai ser uma alforreca gigante interativa”, adianta Pedro Cavaco Leitão, da Moradavaga, um dos artistas que vai realizar esta enorme instalação. Será uma das muitas obras expostas e que, entre outros, terão por temas a mineração em mar profundo, o lixo marinho, ou as alterações climáticas que ameaçam a saúde do ambiente marinho.

Entre os coletivos e artistas convidados estão As 3 Marés (Micaela Fikoff, Rina Marques e Tamara Alves), Boris Chimp 504, [Cal-Day-Rah-Dah], José Jesus, Moradavaga, Pantónio e Yu Lin Humm, entre muitos outros.

Além da exposição distribuída por todo o edifício, o festival apresenta uma programação diversa que acontecerá de 24 a 27 de abril. Workshops, performances e música vão ser apenas algumas das atividades propostas, com escolhas para todas as idades. No entanto, a exposição permanente pode ser apreciada até dia 10 de maio.

Além da organização e curadoria da Sciaena, a iniciativa tem a co-curadoria do projeto coletivo Dona Edite e o apoio do Município de Faro e do programa Europa Criativa.