A estreia do SUL: "enorme vazio cultural" dá origem a festival de artes performativas que "pensa a liberdade"
A entrada no SUL - Festival Internacional de Artes Performativas, que arranca esta quarta-feira e prolonga-se até 6 de abril (domingo), é gratuita
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O sentimento de um "enorme vazio cultural" nas freguesias da Costa da Caparica e da Trafaria, em Lisboa, motivou a criação do SUL - Festival Internacional de Artes Performativas, que estreia esta quarta-feira.
A iniciativa é da Companhia de Teatro Hotel Europa e estende-se até dia 6 de abril. O objetivo? "Pensar a liberdade" e dar a conhecer como é hoje ser uma mulher negra.
Para isso, André Amálio, um dos diretores artísticos, conta que a coreógrafa angolana Marisa Paulo marca presença no festival com um espetáculo de dança. Numa altura em que anda se vive o espírito de celebração dos 50 anos do 25 de Abril, a margem Sul do Tejo recebe "vários espetáculos" sobre o tema.
"Temos um espetáculo que pensa e reflete sobre aquilo que está a acontecer na Palestina. Um outro de uma companhia checa que nos retrata a resistência ao regime comunista da Checo-Eslováquia. E temos um espetáculo que fala sobre a ditadura e o que era essa resistência e o que aconteceu no 25 de Abril", elenca.
Tudo isto nasceu de um sentimento de um "enorme vazio cultural", numa zona que é "muito procurada pelas praias" no verão. Já no que diz respeito às artes performativas, até agora, não se passava "rigorosamente nada".
"Sentimos que havia uma necessidade muito grande de preencher este vazio e foi isso que nós decidimos com este festival: trazer para este território artes performativas de grande qualidade, portuguesas e internacionais", resume André Amálio.
A entrada no SUL - Festival Internacional de Artes Performativas, que arranca esta quarta-feira e prolonga-se até 6 de abril (domingo), é livre. Toda a programação pode ser consultada no site da Companhia de Teatro Hotel Europa.
