Britânico atua esta quinta-feira, no Campo Pequeno, em Lisboa.
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Depois de viver nas ruas de Paris, Benjamin Clementine conheceu a fama e uma vida bem mais confortável, a partir de 2013, com a edição dos EP´s "Cornerstone" e "Glorious You" que antecederam o aclamado álbum de estreia "At Least For Now", em 2015.
Com atuações intensas, muitas vezes só em dupla com um baterista, o piano e a voz do britânico foram conquistando uma legião de fãs em muitos países como Portugal.
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No final de 2017 editou um novo disco, "I Tell a Fly", e a tournée deste novo trabalho passa agora por Portugal. Esta noite vai atuar no Campo Pequeno, em Lisboa, depois de já ter esgotado as duas noites de Viana do Castelo e Figueira da Foz.
"I Tell a Fly" é o novo disco que promove ao vivo e toda a ideia nasceu depois de ter recebido o visto americano com a referência alien.
Alien, que se refere a um cidadão natural de um país estrangeiro, inspirou Benjamin Clementine a falar de todos os que se movem pelo mundo deixando as suas casas e os seus países e sendo sempre vistos como alguém de fora.
Um conceito que se estende por onze canções que começam numa "Farewell Sonata" e terminam num "Ave Dreamer" - a migração como fio condutor.
Para além dos movimentos migratórios, os conflitos e o desejo de procurar novos lugares e a felicidade, são a base de uma história que passa também por metáforas que conhecemos de situações da vida real. "The Phantom of Aleppoville", por exemplo, remete, obviamente, para a martirizada cidade Síria.
O ambiente musical do novo disco proporciona uma viagem semelhante a uma peça de teatro ou mesmo uma ópera; um trabalho com princípio meio e fim que Benjamin Clementine confessou à TSF gostar um dia de incluir atores ou transformar o espetáculo num musical.
Para já, e nesta noite de Lisboa, em palco vão estar os quatro elementos da banda, vai haver também uma orquestra e Clemetine promete misturar os novos temas com outras canções que colocam o britânico nos músicos incontornáveis dos nossos dias.