Na batalha de Verdun, franceses e alemães combateram durante 300 dias. Morreram centenas de milhares de soldados nas trincheiras construídas no nordeste da França.
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Foi a mais longa batalha da I Guerra Mundial e também uma das mais mortíferas.
Pouco depois das sete da manhã do dia 21 de fevereiro de 1916 o exército alemão lançou um ataque de artilharia nunca visto até essa altura. Em poucas horas foram lançados cerca de 1 milhão de obuses.
Gaspar Martins Pereira , professor catedrático do Departamento de História da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, recorda que apesar do número de forças envolvidas e dos milhares de mortos- o número exato nunca foi apurado- a batalha de Verdun pouco mudou no destino da guerra. A linha da frente quase não se alterou. Gaspar Martins Pereira diz que "ao contrário da guerra de movimento que corresponde ao avanço da Alemanha para leste e para ocidente, em que leva tudo à frente, a guerra de trincheiras é mais parada, com menos resultados".
Apesar de alguns avanços os alemães não conseguiram passar as linhas francesas. Em Verdun foram usadas armas químicas e terão explodido mais de 60 milhões de granadas.
Gaspar Martins Pereira sustenta que a I Guerra Mundial só começou a decidir-se em 1917 "com a revolução russa e a entrada dos Estados Unidos no conflito".
Para o historiador o resultado da batalha de Verdun "permaneceu no subconsciente da Europa" e mesmo não tendo decidido a I guerra mundial "terá contribuído para evitar outros conflitos".