José Luiz Tavares é poeta cabo-verdiano e leu, nesta sessão, poemas que escreveu e traduziu, em português e língua cabo-verdiana. Numa sessão que começa com Camões, o poeta anunciou que desrespeitava conselhos que lhe deram, para não ler os próprios poemas
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Nasceu, em 1967, junto ao Campo de Concentração do Tarrafal, na ilha de Santiago, em Cabo-Verde. José Luis Tavares estudou filosofia e literatura em Lisboa, e é um escritor tardio. Começou a publicar em 2003 (tinha 36 anos) e foi avisado que, se lesse a poesia que escrevia, estaria a assassiná-la. O poeta que nasceu no Dia de Portugal, traduziu Camões e Pessoa para a língua cabo-verdiana (crioulo) e é o mais premiado dos poetas de Cabo Verde.
Este poeta não é um fingidor e diz que "não tem obras, apenas livros" e, na quinta sessão da "Poesia na Biblioteca", assumiu com pompa o papel do declamador. A poesia de José Luiz Tavares "trepa os coqueiros", e antes de aparecerem os livros, é simplesmente escrita.
A condução da conversa esteve, como sempre, a cargo de Jorge Reis Sá.
