A Orquestra Sinfónica Portuguesa, atualmente dirigida pela maestrina Joana Carneiro, faz 25 anos e até fevereiro convida para a celebração. Esta semana, a TSF dá-lhe a conhecer a história de quatro dos seus músicos. Começamos pela violinista búlgara, Veliyana Yordanova.
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Veliyana Yordanova é violinista e concertino assistente na Orquestra Sinfónica Portuguesa desde o primeiro dia. Natural da Bulgária, Veliyana chegou a Portugal em 1990. "O muro de Berlim já tinha caído, nós já podíamos viajar e trabalhar livremente nos outros países que estavam atrás da cortina de ferro."
A viagem para Portugal foi proporcionada pelo sucesso numa audição para o maestro Álvaro Cassuto, realizada em Sófia. Na altura, o maestro tinha a Nova Filarmónica Portuguesa e, pelo que conta Veliyana, gostava dos instrumentistas (principalmente de cordas) dos países de leste.
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A ligação de Veliyana ao violino começou aos 5 anos de idade. Aos 10 anos integrou a Orquestra Juvenil de Sófia, aos 14 anos ingressou na Escola Profissional de Música da capital búlgara e concluiu o mestrado em violino e em música de câmara na Escola Superior de Música da Bulgária."Comecei os meus estudos na Bulgária, com cinco anos de idade, no início gostei logo imenso do instrumento, depois, ao longo dos anos, consegui ter um imenso incentivo para continuar e isso ficou para a vida toda, um amor de tocar numa orquestra sinfónica para a vida toda", conta a violinista.
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"O violino chama-se a rainha dos instrumentos. É um instrumento que precisa de dedicação a vida inteira. Todos os anos que passam aprende-se sempre uma coisa nova, é preciso estudar e manter a forma física até se aperfeiçoar a técnica de tocar o instrumento." Apesar de já tocar há muitos anos, Veliyana Yordanova procura sempre tirar do violino um som "mais doce, mais nobre, mais redondo, o mais bonito possível".
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Esta violinista está há quase 30 anos em Portugal. "Se naquela altura me tivessem dito que ia ficar 28 anos em Portugal, eu não ia acreditar", conta.
Quanto aos momentos marcantes vividos na Orquestra Sinfónica Portuguesa, recorda os tempos anteriores à crise: "No início, antes da crise, tivemos oportunidade de trabalhar com os melhores maestros do mundo, grandes maestros, grandes solistas, as óperas eram espetaculares... e ainda são!"