Aldina Duarte. A fadista da palavra apresenta Metade-Metade no Coliseu de Lisboa
O novo álbum da fadista, Metade-Metade, foi escrito por Capicua.
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Aldina Duarte atua pela primeira vez em nome próprio no Coliseu dos Recreios. O concerto está marcado para a noite desta quarta-feira e tem como pretexto a apresentação do novo álbum Metade-Metade, escrito por Capicua. O desafio já tinha sido proposto por Aldina Duarte, num concerto, no Porto, há cerca de dois anos e concretizou-se agora para o novo disco da fadista que chega 20 anos depois do álbum de estreia "Apenas o Amor".
Capicua, a rapper do Porto, aceitou o convite da fadista lisboeta na condição de que Aldina lhe "ensinasse os segredos dos poemas, lhe desse lições sobre regras e estruturas da arte do fado". Essa humildade de Capicua, afirma Aldina Duarte, levou à confiança total no processo que, quase inevitavelmente, levou também à construção de uma sólida amizade.
Escolhidas as estruturas e os segredos da arte faltava colocar em palavras o que preocupa e em que acredita Aldina Duarte; a vida em liberdade, a ligação à natureza, o amor que salva, a força da poesia, a luta contra a pobreza e a coragem de acreditar na igualdade.
Depois da palavra no centro de cada canção, agora todos ao palco, porque, ao vivo, a experiência do Coliseu também vai ser diferente. Músicos e público vão partilhar o espaço central do Coliseu; metade-metade.
A acompanhar Aldina Duarte vão estar Ana Isabel Dias, na harpa, Bernardo Romão, na guitarra portuguesa e Rogério Ferreira, na viola, e o público ali tão perto a viver cada palavra cantada por Aldina Duarte, a "fadista da palavra".
