É um dos mais importantes pintores portugueses e um dos maiores representantes do Modernismo na Europa. O Grand Palais em Paris recebe uma exposição de Amadeo. Recordamos a vida do pintor em imagens.
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Amadeo Ferreira de Souza-Cardoso nasceu a 14 de novembro de 1887, em Manhufe, Amarante. É filho de José Emygdio de Souza-Cardoso e de Emília Cândida Ferreira Cardoso.
Em 1905 vai para Lisboa estudar Arquitetura na Academia de Belas-Artes, mas fica pouco tempo. No ano seguinte, no dia em que completa 19 anos, parte para Paris. Vai viver em Montparnasse.
Na capital francesa ainda recomeça a estudar Arquitetura, mas desiste e decide dedicar-se em exclusivo à pintura, a um ritmo vertiginoso. Desde aí, Amadeo não pára de criar, inspirando-se nas tendências da altura mas, essencialmente, inovando.
"Tenho mais fases do que a lua. Sou impressionista, cubista, futurista, abstracionista? De tudo um pouco!", dizia numa entrevista de 1916. "Eu trabalho vertiginosamente; trabalho como um animal!".
Em 1908 aluga o estúdio nº 21, no 14 Cité Falguiére, que se torna um ponto de passagem para os amigos artistas. Nesse ano, em Paris, conhece Lucie Meynardi Pecetto com quem viria a casar em Portugal no ano de 1914.
Em 1909 conhece o pintor italiano Amadeo Modigliani. De entre os artistas com os quais se relaciona estão Archipenko, Brancusi, Picabia, Juan Gris, Diego Rivera, Sónia e Robert Delaunay.
As exposições em Paris são mais frequentes, e os quadros de Amadeo chegam a Berlim ou Nova Iorque. Em 1912, Amadeo expôs no Grand Palais, durante o Salón de Automne.
Em 1914 regressa a Portugal com Lucie e divide o tempo entre Manhufe e a casa de Espinho.
Dois anos depois, o pintor encontra-se com José de Almada Negreiros e o Grupo da Revista Orpheu em Lisboa e começa a trabalhar com o pintor e poeta.
É neste ano que Amadeo faz duas exposições em Portugal - "Abstraccionismo", no Jardim Passos Manuel, no Porto (mal recebida pelo público); uma exposição sem título, em Lisboa, na Liga Naval, acompanhada por um manifesto de Almada Negreiros.
Em 1918 uma doença de pele impede Amadeo de pintar. A 25 de outubro morre subitamente em Espinho, vítima da "pneumónica", também conhecida como "gripe espanhola, uma epidemia que assolou a Europa no final da Guerra.
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