De Lisboa para o interior: Museu do Chiado e arquivos dos ministérios vão ter casa nova
O Governo revelou esta quarta-feira aos deputados que os arquivos dos ministérios vão ser instalados no interior do país. O Museu de Arte Contemporânea também vai ter polo fora de Lisboa.
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O ministro-adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, escutado na Comissão Parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação (CAOTDPLH), anunciou aos deputados que "está constituído um grupo de trabalho com o Ministério da Presidência e Modernização Administrativa e com o Ministério da Cultura para se fazer um levantamento das necessidades dos arquivos".
O objetivo da mudança dos arquivos é ajudar à estratégia de coesão territorial. "Esse projeto é interessante", adianta Pedro Siza Vieira.
"Nós temos demasiados arquivos físicos situados na cidade de Lisboa em vários serviços: no Ministério da Justiça, no Ministério da Saúde, no Ministério da Segurança Social, que ocupam um espaço valioso no centro da cidade e ao mesmo tempo a sua mobilização para um espaço do interior permite, não só libertar esses espaços mas também criar emprego qualificado em regiões do interior", sublinha.
Pedro Siza Vieira revela que "estamos ainda a fazer o levantamento dessas necessidades e esse trabalho está em curso".
MNAC do Chiado para o interior
Outra iniciativa que está a ser estudada é a criação de um polo do Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC) numa localidade do interior.
"Estamos a trabalhar no sentido de localizar um polo do Museu Nacional de Arte Contemporânea numa cidade do interior do país, estamos a fazer esse trabalho que passa por encontrar instalações adequadas e fazer o orçamento de funcionamento disso", explica o ministro.
De acordo com Pedro Siza Vieira "a ideia será que mantendo-se a direção no quadro de um Museu Nacional possa parte do espólio passar a ter um ponto de exposição permanente noutra região do país".
O MNAC tem um acervo de 5 mil peças de arte e as instalações no Chiado, só conseguem expor algumas obras. O espaço está esgotado apesar da possibilidade de expansão para as antigas instalações do Governo Civil de Lisboa.
Agora, o Governo avança com a deslocalização de parte do museu para uma cidade do interior.