Exposição sobre a vida e a obra de Calouste Gulbenkian foi inaugurada no dia que assinala 150 anos do seu nascimento e pode ser visitada até 31 de dezembro.
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Martin Essayan considera que o bisavô, Calouste Gulbenkian, gostaria do trabalho que está a ser desenvolvido pela fundação com o seu nome em vários países.
A propósito dos 150 anos do nascimento do fundador, a TSF falou com o bisneto do empresário e filantropo arménio que se fixou em Portugal no início dos anos 40, para onde veio em fuga durante a Segunda Guerra Mundial. Sem querer julgar pelos portugueses, Martin Essayan acredita que o bisavô enriqueceu o país.
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"A Fundação permitiu que a cultura fosse preservada e suportada nesses anos negros. Deu oportunidade a milhares de pessoas de terem educação, que de outra forma não teriam. Acredito que foi uma transformação", acrescenta.
A acompanhar o trabalho da fundação, sediada em Lisboa, o bisneto de Gulbenkian acredita que o fundador ficaria satisfeito com o trabalho que está a ser feito, uma vez que "ele se preocupava com as pessoas, não importava de que nível social fossem. Penso que era isso que ele gostaria de ver na sua fundação".
"Ter uma estratégia para lidar com os mais desfavorecidos, dando-lhes oportunidades, trabalhando pela sustentabilidade", destaca Essayan, que garante que isso é possível não só em Portugal, mas em toda a rede internacional da fundação que já existe. "Estamos em Londres, em Paris, com os arménios e também nos países africanos. Penso que ele quereria isso de nós", conclui.
Nascido a 23 de março de 1869, em Istambul - na então Constantinopla -, Calouste Sarkis Gulbenkian destacou-se como iplomata, homem de negócios, nomeadamente na área petrolífera, mas também filantropo e colecionador de arte. Morreu em 20 de julho de 1955, em Lisboa, depois de uma vida a percorrer o mundo, atravessando as duas grandes guerras mundiais.
Os 150 anos do nascimento de Calouste Gulbenkian, que se assinalam este sábado, em Lisboa, são marcados por um programa que inclui uma exposição sobre a sua vida e obra.
"Calouste: uma vida, não uma exposição" é o título da mostra que celebra o percurso de Gulbenkian, que manteve residências em Paris e em Londres, e viria a estabelecer-se em Lisboa, onde chegou, em 1942, fugindo à Segunda Guerra Mundial, e aqui viria a deixar a sua fortuna e legado.