A primeira edição do Congresso Internacional de Percussão Tradicional do Bombo começa este sábado na Aula Magna, em Lisboa. É uma organização do projeto "Tocá a Rufar" com o apoio da Câmara Municipal do Seixal.
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Duas décadas depois do seu aparecimento, o projeto "Tocá a Rufar" organiza o primeiro Congresso do Bombo.
Maria Ceia diz que há 20 anos quase não havia tempo para debates; "Quando começamos havia uma certa urgência de tocar de toda a forma e a toda a hora porque os bombos estavam em vias de extinção. Neste momento já não corremos esse risco e chegou a altura de acalmar, ponderar e pensar qual é o lugar do bombo, quer do ponto de vista pedagógico e artístico, quer do ponto de vista económico".
Maria Ceia é diretora artística e pedagógica dos "Tocá a Rufar". Conta que agora há muitos jovens que querem aprender a tocar bombo. O preconceito foi ultrapassado; " os nossos primeiros alunos eram gozados na escola por serem uns saloios"
No congresso de dois dias na Aula Magna será debatida a importância cultural e económica do instrumento. Maria Ceia acrescenta outra questão, o reportório criado para o bombo também deve evoluir; " acho que é muito importante preservar o que de melhor existe na sonoridade do bombo tradicional, mas é preciso criar um reportório mais contemporâneo, se calhar mais complexo"