O filme do realizador Ivo M. Ferreira foi escolhido pela Academia Portuguesa de Cinema para representar o país nos prémios da Academia de Hollywood e da Academia Espanhola em 2017.
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O filme é baseado no livro "D"este viver aqui neste papel descripto: Cartas da Guerra", de António Lobo Antunes, que transcreve as cartas que o escritor enviou à mulher, Maria José, quando foi alferes em Angola, durante a guerra colonial.
"Cartas da Guerra" estreou em Portugal no dia 1 de setembro. É protagonizado por Miguel Nunes, Margarida Vila-Nova, Ricardo Pereira, Tiago Aldeia, João Luís Arrais e Pedro Ferreira.
Na altura, os protagonistas conversaram com a TSF, que também ouviu Joana Lobo Antunes, a filha mais nova de António e Maria José que desabafou ser estranho ver o pai e a mãe no corpo dos dois atores porque nunca conheceu aqueles pais.
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Esta terça-feira, a Academia Portuguesa das Artes e Ciências Cinematográficas anunciou que os membros escolheram "Cartas da Guerra" para "representar Portugal na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, nos Óscares da Academia Americana de Cinema e na categoria de melhor filme ibero-americano, nos Prémios Goya, da Academia Espanhola".
Pela primeira vez, explicou Paulo Trancoso, presidente da Academia Portuguesa de Cinema, ao Observador, houve duas fases na votação. Na primeira, os cerca de 250 membros da Academia escolheram quatro filmes - "Cartas de Guerra", "Montanha", de João Salaviza, "Cinzento e Negro", de Luís Filipe Rocha, e "Amor Impossível", de António-Pedro Vasconcelos.
Na segunda fase, os membros da Academia voltaram a votar, agora numa plataforma dedicada a esse efeito, e o filme de Ivo M. Ferreira destacou-se.
Da obra do realizador destacam-se três longas-metragens: "Em Volta" (2002), "Águas Mil" (2009) e "Cartas de Amor" (2016), e várias curtas-metragens.
A 89ª Gala de entrega dos Óscares está agendada para o dia 26 de fevereiro de 2017 em Los Angeles, na Califórnia. Três semanas antes decorre a 31ª Edição dos Prémios Goya, no dia 4 de fevereiro de 2017, em Madrid.