Uma peça que fala da vida, da amizade, da sorte e azar e em que a gastronomia também entra. "Cataplay" começa esta sexta-feira uma digressão de quatro meses por terras algarvias.
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Não é preciso mais do que isto para a encenação: dois atores e uma cataplana. São os ingredientes que vão estar em palco.
A atriz Tânia Silva teve a ideia de usar este utensílio de cozinha tipicamente algarvio e quis transportá-la para o palco.
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Tânia Silva e Mário Spencer juntam-se na "Cataplay", uma peça que foge aos cânones habituais de uma encenação teatral. "Surgiu a ideia de serem dois cozinheiros, uma algarvia e um chef vindo do Norte de África, que entram em duelo", explica Tânia. "O espetáculo fala sobre a vida, sobre as relações interpessoais".
O público vai assistir ao diálogo e à disputa constante entre duas personagens, o chef de cozinha e a cozinheira algarvia "marafada". Esta cozinheira é uma mulher de pelo na venta, que tem a força das mulheres algarvias", sublinha Mário Spencer. "É um espetáculo leve e que tem alguma comicidade", adianta.
Se é certo que a cataplana é o objeto que estará sempre em cena, o público ouvirá falar mais de relações e sentimentos do que propriamente de cozinha. "É para falar de amor, de jogos, de sorte e azar, da amizade, daquilo a que damos importância".
  
A peça foi estreada num restaurante, o Tertúlia Algarvia, mas vai começar esta sexta-feira em Vila Real de Santo António e será exibida em várias localidades algarvias. Um projeto que também não esquece os estrangeiros, já que será exibido ou terá legendas em inglês.
No final, "há uma degustação da cataplana preparada pelos chefs da Tertúlia Algarvia e uma prova de vinhos algarvios",nesta encenação em que o teatro e a gastronomia andam de mãos dadas. Até ao mês de maio em digressão pelo Algarve.