O festival IndieLisboa regressa de 2 a 12 de maio. Esta terça-feira foi apresentado o programa que destaca o cinema brasileiro, reflete sobre o cinema português e traz Anna Karina a Lisboa.
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Antes de apresentar os "heróis independentes" deste ano, o programador Nuno Sena destacou a importância de uma secção cada mais relevante dentro do Indie. Um "festival dentro do festival", o IndieJúnior já se tornou a maior secção do IndieLisboa em termos de espetadores.
"Tem crescido dentro do festival de uma forma muitíssimo interessante, tem consolidado um público não só muito numeroso como muito ativo e muito cinéfilo. A ideia este ano é que o IndieJúnior seja novamente um grande momento de cinema, um festival dentro deste festival que trata crianças e adultos com o respeito e a inteligência que esse público também merece", sublinha.
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Haverá duas sessões especiais para este público mais jovem. Primeiro, uma sessão com curtas-metragens clássicas do cinema polaco de animação, dos anos 1960, e um filme-concerto com um trio de músicos da Casa da Música a tocarem para filmes de Charles Chaplin e Buster Keaton.
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O cinema do Brasil vai estar em destaque enquanto "herói independente" do Indie, para refletir sobre o presente e o futuro do cinema brasileiro. "Brasil em transe" apresenta mais de 30 filmes recentes e o difícil foi escolher. "Tem uma missão mais prospetiva do que retrospetiva. Percebemos que era impossível conter o cinema brasileiro num programa com 10, 20 filmes. É um país em que a produção ultrapassa as duas centenas por ano, com uma produção independente fortíssima", afirmou Nuno Sena.
O outro "herói independente" é a atriz Anna Karina, que vai estar em Lisboa entre 5 e 9 de maio e tem um encontro com o público previsto para 8 de maio. A retrospetiva de um dos rostos incontornáveis da Nouvelle Vague francesa será feita em parceria com a Cinemateca Portuguesa.
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O IndieLisboa faz este ano também uma reflexão sobre a produção de cinema em Portugal e vai exibir mais de 50 filmes portugueses, entre estreias mundiais e nacionais e primeiras obras. Há ainda 17 filmes na competição de curtas-metragens.
Em destaque, seis longas da competição portuguesa, entre ficção e documentário: "Alva", de Ico Costa, "Campo", de Tiago Hespanha, "Mar", de Margarida Gil, "A minha avó trelototó", de Catarina Ruivo, "Tragam-me a cabeça de Carmen M.", de Felipe Bragança e Catarina Wallenstein, e "Tristeza e alegria na vida das girafas", de Tiago Guedes. "Past Perfect", de Jorge Jácome, está integrado na competição internacional de curtas-metragens.
Haverá ainda uma antestreia de "Hotel Império", de Ivo Ferreira, no âmbito de um programa dedicado aos 20 anos da transferência administrativa de Macau para a China, a exibição de três episódios de uma nova série daquele realizador, intitulada "Sul", que foi exibida no último Festival de Berlim.
No "IndieMusic", entre outros, será mostrado o documentário "Ela é uma música", de Francisca Marvão, que contará com um concerto, a 10 de maio, nas Carpintarias de São Lázaro, com mulheres que fizeram e fazem o rock nacional: Lena d'Água, Adelaide Ferreira, As Gaijas, The Dirty Coal Train, Anarchicks, Panelas Depressão, Clementine, Decibélicas, Matriarca Paralítica e Aurora Pinho.
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O 16.º IndieLisboa vai decorrer de 2 a 12 de maio na Culturgest, no Cinema São Jorge, na Cinemateca Portuguesa, no Cinema Ideal e Carpintarias de São Lázaro, onde desembocará a programação paralela de concertos e festas.