"Cinema está no seu melhor." São Jorge assinala 75 anos com programação especial e entrada livre
"A Quimera do Ouro", de Charlie Chaplin, é um dos destaques da programação do cinema São Jorge
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O cinema São Jorge comemora, esta segunda-feira, 75 anos de existência. Para assinalar a data, há uma programação especial com a exibição do filme "A Quimera do Ouro", de Charlie Chaplin.
“O cinema está no seu melhor”, afirma, em declarações à TSF, Marina Uva, a diretora do cinema São Jorge, avançando alguns dos destaques da programação para esta semana de aniversário.
“O filme 'A Quimera do Ouro', de Charlie Chaplin, faz cem anos, juntámo-lo aos 75 anos do cinema e convidamos a Lisbon Film Orchestra para fazer este cineconcerto no dia 24, às 21h00, na sala Manoel de Oliveira. Depois, durante a semana, fizemos uma seleção dos filmes que passaram aqui ao longo destes anos todos", adianta.
"O Último Tango em Paris" estará em exibição no dia 25 de fevereiro, terça-feira, e dois dias depois é a vez de "Roma de Fellini". Já no dia 28, sexta-feira, o cinema São Jorge vai passar "A Grande Evasão", no dia seguinte, sábado, "Um Violino no Telhado" e, no domingo, "Um Dia em Nova Iorque". Em paralelo, haverá oficinas de cinema e visitas guiadas.
Todas as iniciativas são de "entrada livre". A diretora espera, por isso, grande afluência nos próximos dias, sublinhando o papel do São Jorge nos dias de hoje.
“O cinema São Jorge, quando a câmara municipal o adquiriu em 2000, passou a ter uma programação muito específica, porque acolhe, sobretudo, festivais de cinema, não fazemos cinema comercial. São cerca de 18 ciclos que ao longo do ano apresentamos, por forma a exibir os vários tipos de filmes, documentários e cinema independente para o grande público. Esta tem sido a grande mais-valia para o cinema São Jorge: abrir as portas a este tipo de produção nacional", considera, destacando as vantagens deste local: "Um cinema confortável, moderno, com boa projeção e bom som".
"Acho que o cinema São Jorge é fundamental hoje em dia, porque é o único com três salas, o que permite apresentar inúmeras sessões. Neste momento está numa excelente fase e espero que continue assim nos próximos 75 anos", refere.
No ano passado passaram por esta sala cerca de 160 mil espectadores e a tendência será para aumentar, acredita Marina Uva. “Nós abrimos as portas a que estes festivais possam programar e consigam diversificar o tipo de público que aqui vem, eu penso que ao longo destes anos o público tem vindo a acompanhar-nos em crescente."
