As obras estão em exposição na Casa de Serralves e é lá que vão ficar de forma permanente. O anúncio foi feito por Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto.
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A notícia de que vai ser na Casa de Serralves que os Mirós ficam, chegou no dia da inauguração oficial da exposição dos quadros e outras obras do pintor espanhol. Uma exposição temporária que decorre precisamente no espaço onde as pinturas e tapeçarias vão ficar. Minutos antes, António Costa tinha sublinhado que "o Porto vai ganhar uma coleção, mas a coleção ganha muito com a entrega à Câmara Municipal do Porto".
Depois foi a vez do autarca anunciar, em conferência de imprensa improvisada, que a coleção dos quadros do pintor catalão fica na Casa de Serralves.
"Depois de uma prudente ponderação, entendi que esta coleção notável, coerente e indissolúvel, agora sob a tutela da Câmara Municipal do Porto, não poderia, de momento, ficar em melhor lugar do que aqui na Casa de Serralves. Com a pronta concordância da Fundação, posso agora revelar que este novo polo cultural do município ficará instalado nesta casa maravilhosa e queria também dizer que o senhor arquiteto Siza Vieira já aceitou o encargo de transformar esta casa de tal forma a que a coleção possa ficar aqui de forma permanente", declarou o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, depois da inauguração da exposição "Joan Miró: Materialidade e Metamorfose".
Numa altura em que estão a ser decididos os apoios partidários às candidaturas autárquicas, Rui Moreira sublinhou ainda o papel de António Costa na ida das obras de Miró para o Porto. O autarca portuense diz mesmo "que a vontade principal foi do primeiro-ministro" e que "a cidade do Porto ficar-lhe-á reconhecida para sempre".
Por seu lado, a presidente da Fundação de Serralves, Ana Pinho, declarou que a decisão não foi tomada "antes de o assunto ser abordado e também recolher a opinião da diretora do museu de Serralves", pelo que "a todos pareceu que era uma boa decisão".