Crónica de cinema: quando os americanos são deceção completa em San Sebastián
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E dos EUA chegou com pompa, mas com a imprensa presente a odiar Ballad for a Small Player, de Edward Berger. O cineasta de Conclave vai até Macau para contar uma história de ganância e jogo. O resultado é um filme novo-rico, cheio de fogo de artifício e tiques de novo riquismo. Tem Tilda Swinton e Colin Farrell no elenco, mas nada sai dali, talvez apenas um bilhete turístico para promover os casinos locais. Curiosamente, o melhor vem nos créditos finais: Tilda e Colin a dançar sozinhos num salão. A única ideia de cinema a sério neste filme.Por incrível que pareça está em competição.
No júri está a estrela britânica Mark Strong. Casualmente confessava-me à saída de uma das sessões que esta função é mais difícil do que esperava. Os jurados sofrem, sobretudo, depois de verem o outro filme americano em concurso, Nuremberg, de James Vanderbilt, recriação do famoso julgamento que condenou à morte o comando nazi sobrevivente no final da Segunda Guerra.
Académico e previsível, o filme tem Russell Crowe, Rami Malek e Michael Shannon no elenco. Estreará em Portugal em novembro.
