A companhia nacional de Bailado estreia esta quinta-feira mais uma variação da obra emblemática de Camille Saint-Saëns, "O Carnaval dos Animais". Para ver no Teatro Camões até 26 de junho.
Corpo do artigo
É uma peça como o teatro. Todos aceitamos o disfarce, a máscara e o movimento dos animais do Carnaval de Camille Saint-Saëns. Este é o ponto de partida do "Carnaval" de Victor Hugo Pontes.
O coreógrafo foi ainda mais longe: convidou 12 compositores portugueses contemporâneos para tricotarem a peça de Camille Saint-Saëns e escreverem em "Cadavre Exquit" - cada um começa na frase final do outro.
Esta é a primeira colaboração de Victor Hugo Pontes para a Companhia Nacional de Bailado. Neste trabalho, o coreógrafo parte da música, ela própria já cheia de referências a animais.
O carnaval em desfile, o disfarce, a ideia de convocar estes animais que já estão na peça de Camille Saint-Saëns com outra maneira de ser, mas com os seus próprios movimentos - o leão, o elefante ou o cisne, que morrem na quarta-feira de cinzas.
Cesário Costa dirige a Orquestra Sinfónica Portuguesa. O maestro considera que ter estas 12 peças feitas em conjunto para um único espetáculo é uma ideia contemporânea de laços únicos, de juntar esforços.
"Carnaval", agora de 12 compositores portugueses com coreografia de Victor Hugo Pontes, que também convida Camille Saint-Saëns. Estreia esta quinta-feira no Teatro Camões, em Lisboa, onde está até 26 de junho.