O centenário Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, possui coleções que vão desde a escultura, à joalharia; da pintura, à cerâmica ou aos têxteis.
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Criado em Coimbra, em 26 de maio de 1911, por António Augusto Gonçalves, que esteve também ligado ao Museu Municipal de Arte e Indústrias, que pouco durou, o Museu Machado de Castro foi considerado museu nacional em 1965.
Esteve encerrado ao público para obras de requalificação durante 6 anos, reabriu em 2012, depois de obras que custaram 15 milhões de euros.
O criptopórtico - a galeria de dois pisos que sustenta o fórum da Coimbra romana (Aeminium) e que é considerada a mais significativa obra de engenharia romana em Portugal e "uma das mais importantes e que melhor se conhece na Europa" - é uma das principais atrações deste espaço.
Ana Alcoforado, diretora do Museu Nacional Machado de Castro, salienta que depois das obras existem hoje "condições de acolhimento e apoio ao visitante e para o espólio" num espaço com "acessibilidade total".
Fortemente direcionado para a arte sacra, este museu de arte antiga tem janelas abertas para dentro e para fora, para o património interno e o património externo.
De uma destas janelas, das de dentro, pode-se apreciar a Capela do Tesoureiro, trazida para o Museu e replantada pedra sobre pedra. "Na verdade, as coleções vão desde uma pequena medalha, a uma capela inteira. Esta capela foi replantada neste espaço e é um dos espaços emblemáticos do museu. Toda a escultura em pedra gira em torno desta capela", explica a diretora.
"Neste projeto de requalificação temos uma segunda fase da obra, que é a Igreja de São João de Almedina, que albergou todo o espólio enquanto se fez a obra. Manteremos o aspeto e as existências que ali estão, tem uma excelente acústica e será uma excelente sala, sendo o auditório do Museu". Será criado um auditório dentro desta Igreja.
O Museu Nacional Machado de Castro está envolvido em várias iniciativas culturais da cidade de Coimbra. No dia dos museus, abriu portas ao projeto "Coimbra da Rainha", que pretende reconstituir as paisagens que D. Isabel de Aragão, a rainha Santa Isabel, terá vivenciado.