Este ano assinalam-se os primeiros 25 anos do festival de música minhoto. Um dos maiores do país. A Reportagem TSF viaja pelos tempos e recorda como começou e outras histórias das 25 edições.
Corpo do artigo
Na primeira edição houve desorganização e pancadaria. Nas seguintes continuou a desorganização, mas houve menos pancadaria. Os concertos começaram tarde. Muito tarde. Depois melhorou a coordenação, no entanto, continuaram a ser os organizadores a montar o palco. Uma estrutura que entretanto tinha mudado de sítio, da zona da praia fluvial para o anfiteatro "natural, que não é tão natural assim".
Depois veio a fama.
Em 99 a enchente foi tal que os organizadores choraram só de pensar que a vila não tinha espaço para tanta tenda. Mas teve. Nessa edição fizeram imenso dinheiro, e eles gastaram-no todo. Em 2000, o ano seguinte, o festival deu o primeiro prejuízo a sério. Tiveram que pedir dinheiro para se manterem à tona.
Em 2004 foram mesmo à lama. Choveu. Choveu tanto que o festival esteve quase para ser interrompido. Foi o agosto mais chuvoso "dos últimos 99 anos" e a organização ponderou acabar com o Paredes de Coura.
Aguentaram-se. Deram as casas como garantias ao banco e no ano seguinte realizaram uma das melhores edições do festival "com Arcade Fire, Foo Fighters, Nick Cave,...".
"Quem é o louco que depois de ter o festival literalmente na lama faz uma edição daquelas?", pergunta-se o organizador. O mesmo João Carvalho que em 1992 se dirigiu ao Presidente da Câmara de Paredes de Coura e fez a pergunta que esteve na origem de toda esta aventura: "e se fizéssemos alguma coisa pela juventude?".
TSF\audio\2017\07\noticias\06\reportagem6
"E se fizéssemos alguma coisa pela juventude?" é uma Reportagem TSF de Rui Tukayana e Joaquim Dias.