O diretor da revista "Electra" esteve no Almoço TSF para falar sobre o primeiro número, sobre espaço vazio para discutir "as coisas complexas, num mundo cheio de imediatismos" e para recordar Eça.
Corpo do artigo
A pergunta de Electra foi escrita por Ésquilo, na peça "Coéforas", e com ela, José Manuel dos Santos, o diretor da nova revista "Electra", pretende explicar que ela vai servir para discutir os temas que não cabem na corrente informativa dos meios tradicionais.
A revista, editada trimestralmente pela Fundação EDP, quer tratar dos temas do pensamento e da cultura.
O diretor da "Electra" acredita que é possível fazer critica de livros, músicas e filmes, de uma forma diferente daquela que é feita pelos jornais.
"As revistas sempre nasceram para preencher espaços vazios", explica José Manuel dos Santos, que puxa por Eça de Queiroz para sublinhar essa argumentação.
Em "Os Maias", Eça usa as vozes de Ega e Carlos mais para apresentar um revista que quer mudar Portugal.
A revista não chegou a nascer, mas outras houve que surgiram com o mesmo propósito, como a "Orfeu".
No caso da "Electra", José Manuel dos Santos admite que "as revistas, já não mudam o mundo e transformam a vida, mas trazem sempre algum eco disso".
TSF\audio\2018\03\noticias\19\jose_manuel_dos_santos_almoco_tsf
O responsável pela revista espera que, como algumas obras de arte, a "Electra" crie os seus próprios públicos.
A revista, com primeira edição em março de 2018, vai sair "com as estações" - ou seja, de três em três meses.
Tem edição em língua portuguesa e em língua inglesa, e custa 9 euros.