Ministro da Cultura diz que se trata de uma situação que equipara o museu Berardo à dos outros museus em Portugal.
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O ministro da Cultura afirmou-se hoje, em Bruxelas, "muito satisfeito" com o acordo alcançado com a Fundação Berardo para a manutenção da coleção no Centro Cultural de Belém (CCB), considerando que é positivo para todas as partes.
Segundo Luís Castro Mendes, que elogiou a "atmosfera de colaboração" em que decorreram as negociações, a satisfação do Estado passa por manter "tranquilamente, num sentido de estabilidade e de tranquilidade, a coleção em Portugal, contrariamente a todas as previsões catastrofistas de que as obras iam ser retiradas, as obras iam ser vendidas, as obras iam ser exportadas".
O ministro da Cultura explicou que o museu Berardo vai ser equiparado aos outros museus nacionais, o que significa que as entradas passam a ser pagas com apenas um dia livre por semana.
"O que nós negociámos foi que, a exemplo, dos museus nacionais, qualquer passagem ao pagamento dos bilhetes passasse a ter, como todos os museus nacionais, um dia por semana gratuito. O facto de o museu Berardo passar a ser pago, no fundo, vai equipará-lo aos outros equipamentos culturais e permite também resolver questões financeiras", observou.
Castro Mendes sublinhou designadamente o facto de se ganhar "estabilidade na medida em que a renovação do acordo pelo qual a Fundação Berardo está em Lisboa passa a ser renovado automaticamente, salvo denúncia de uma das partes, enquanto no acordo anterior era apenas por seis anos, que terminavam agora".
"Portanto, eu penso que é um acordo em que nós ganhamos, porque ficamos com a disposição das obras, e o comendador Berardo ganha, porque ele oferece as obras à fruição e à disposição do público português e, através disso, abre a sua coleção à fruição dos portugueses, dos estrangeiros, dos turistas, de toda a gente", acrescentou.
A Coleção Berardo vai manter-se no CCB por mais seis anos, na sequência de um acordo alcançado entre o Ministério da Cultura e Joe Berardo, após negociações que envolveram "uma equipa de negociadores juristas do Ministério da Cultura, os advogados do comendador Berardo" e que "o CCB foi evidentemente acompanhando", explicou o ministro.