Vencedor do prémio LeYa é brasileiro e o livro "Torto Arado" conta uma história que prova que a escravidão não terminou em 1888 no Brasil.
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Itamar Vieira Junior revelou estar "emocionado e muito feliz" com a atribuição do prémio LeYa , esta quarta-feira, e contou à TSF que é uma pessoa muito dedicada e disciplina à leitura e escrita, o que lhe proporciona uma aprendizagem constante.
"Eu tento escrever diariamente, tenho disciplina. Isso [o livro] é resultado de muitos anos de pesquisa, vivi e trabalhei entre esses agricultores que me inspiraram. É uma história de vida que me inspirou, que pude conhecer e compreender e tento screver sempre e ler sempre. Tento ler tudo o que é produzido na minha época e acho que isso contribui para a maneira como eu escrevo", explicou o escritor brasileiro.
Sobre o livro vencedor, Itamar Vieira Junior conta que "'Torto Arado' é um romance de formação e fala de uma comunidade formada numa fazenda no sertão da Baía" e sobre uma "história que conta como a escravidão não terminou com a abolição da escravatura em 1888". Assim, o livro retrata um grupo de agricultores, "protagonizado por duas irmãs" e que vai conduzir "uma luta pela terra que tem um desfecho imprevisível".