Exposições e novos espaços museológicos. Conheça o programa das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril
Durante a apresentação do programa, Cuca Roseta deu voz à emblemática senha da Operação Fim de Regime.
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Já é conhecido o programa para celebrar os 50 anos do 25 de Abril. Foi apresentado esta quarta-feira à tarde, em Lisboa, e pretende refletir, através de dezenas de iniciativas, como Portugal mudou em meio século de democracia.
Esta tarde, Cuca Roseta deu voz à emblemática senha da Operação Fim de Regime e abriu a apresentação de um programa que não quer só celebrar os 50 anos de democracia. Maria Inácia Rezola, que lidera a comissão comemorativa da revolução dos cravos, garante que há muito mais.
"Uma das questões que importa é podermos celebrar a data, o 25 de Abril, os 50 anos de democracia, entendendo os significados no dia de hoje", explicou Maria Inácia Rezola.
Uma reflexão que começou em 2022 e que vai prolongar-se até 2026. Para este ano estão previstas várias exposições. A primeira começa em abril.
"Será inaugurada, na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, uma exposição alusiva à conspiração do movimento dos capitães, ao 25 de Abril e aos primeiros dias do processo de democratização", revelou a líder da comissão comemorativa.
As exposições vão além de Portugal e passam também por Cabo Verde.
"Um novo espaço museológico no Museu do Campo de Concentração do Tarrafal. Esses novos espaços museológicos que estamos a preparar serão inaugurados a 1 de maio, quando se celebram 50 anos da libertação dos últimos presos políticos", contou.
O 25 de Abril vai entrar também nas escolas para aproximar os jovens da política.
"Os jovens são convidados a detetar quais os problemas da região, localidade, da escola onde vivem e a dialogar diretamente com os seus representantes locais para solucionar essas situações", afirmou Maria Inácia Rezola.
Serão também atribuídas bolsas a quem queira escrever ensaios sobre o 25 de Abril e há também financiamento para projetos de arte, com destaque para o cinema.
"Temos também uma linha concursal que vai permitir revelar novos cineastas, produzir documentários e outras dimensões a explorar em termos de cinema", anunciou a líder da comissão comemorativa.
A revolução vai ainda ser vista de fora, num congresso internacional marcado para o início de maio na Universidade de Lisboa. Para o dia 25 de Abril estão previstas reconstituições das colunas militares que derrubaram o regime.
"Na noite de 24, em Santarém, já vão existir algumas movimentações militares, reconstituindo o que aconteceu há 50 anos. Depois rumarão a Lisboa e estarão em alguns pontos emblemáticos da capital, como o Terreiro do Paço, o Largo do Carmo e, finalmente, a Pontinha", prevê.
Lugares que puseram o povo a ordenar e que voltam a ser lembrados 50 anos depois.