A Companhia de Teatro de Almada tem em cena, Mártir, de Marius Von Mayenburg.
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Será o fundamentalismo religioso apenas muçulmano, e o politicamente correto, e os pais que deixaram de seguir os filhos, Mártir é uma peça de Marius Von Mayenburg, e parte da ideia de luta contra a radicalização da juventude, sublinhando que o fanatismo não é apenas o caminho de uma religião. Tudo pode mudar quando as Escrituras Sagradas passam a ser lidas à letra. Numa Escola, aluno e a professora de biologia discutem o fundamento da vida. O aluno é o ator Vicente Walenstein. Quando falam em educação é a escola, apesar de Benjamin ser filho de um casal divorciado e viver com a mãe, a professora de biologia, não faz o papel de mãe tenta chegar a ele pelo lado da ciência, mas também ela é fundamentalista nas explicações da ciência, que depois não consegue explicar tudo. Marius Von Mayenburg quer de alguma forma mostrar de onde vêm todas estas figuras que enchem a realidade atual, da politica, dos ataques nas ruas. Qual é o papel da escola na formação de cada um de nós, e os discursos iguais e politicamente corretos, este Benjamin precisa de uns estalos ou de muitos abraços e carinho, são as perguntas sem resposta, de Mártir.
Texto Marius von Mayenburg, Encenação Rodrigo Francisco, Interpretação André Albuquerque, Ana Cris, Inês de Castro, Ivo Marçal, João Cabral, Pedro Walter, Tânia Guerreiro, Vicente Wallenstein, Tradução Manuela Nunes, Cenografia José Manuel Castanheira, Figurinos Ana Paula Rocha, Desenho de luz Guilherme Frazão
Mártir, está no teatro Joaquim Benite, em Almada e fica quarta e domingo às 16h00, e de quinta a sábado às 21h00, ainda até 16 de Dezembro.