Feira do Livro de Lisboa regressa ao Parque Eduardo VII com promessas de vender e “plantar” livros
Contrariamente ao habitual, o evento vai concentrar-se apenas em junho, para apanhar os feriados e o fim do ano letivo
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A Feira do Livro regressa ao Parque Eduardo VII, em Lisboa, para a 95.ª edição, desta vez concentrada apenas no mês de junho. O evento decorre entre os dias 4 e 22 daquele mês para apanhar os feriados e o início das férias escolares, com o objetivo assumido de tentar atrair os mais jovens.
Estão montados cerca de 350 pavilhões para mostrar o trabalho de entre 130 e 140 participantes, em representação de mais de 900 autores. Miguel Pauseiro, diretor da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), que organiza a feira, explica que vão estar à venda mais de 85 mil títulos e há também atividades, nomeadamente para os mais pequenos, como, “por exemplo, o ‘Acampar com Histórias’, que convida crianças entre os 8 e os 10 anos a passar um dia e uma noite com livros”. A iniciativa vai acolher 25 crianças por sessão, na Estufa Fria, sendo que há já nomes em lista de espera. “Estamos a falar de 150 crianças e a procura está a crescer”, garante o diretor da APEL.
Outra das bandeiras que a feira vai procurar manter é a iniciativa de "plantar" livros. “Vamos converter livros vendidos em árvores plantadas. Estima-se que haja cerca de 800.000 livros vendidos na feira e esperamos, com isto, plantar perto de sete mil novas árvores, uma por cada cem livros”, esclarece Miguel Pauseiro. Regressa ainda a iniciativa 'doe os seus livros', promovida com a associação Entrajuda, que incentiva a partilha e o acesso à leitura e que, desde 2015, já recolheu mais de 330 mil livros, de acordo com a organização da feira.
Com as datas concentradas em junho, o objetivo é tentar atrair os jovens para a feira, sendo que estes representam já a maioria dos visitantes: “dois terços têm menos de 35 anos”, um segmento etário que está, aliás, “a ler cada vez mais”, garante o presidente da APEL. Miguel Pauseiro assegura ainda que o comércio livreiro tem estado de boa saúde, com um “crescimento acumulado significativo, quer no valor, quer na quantidade”, ainda que “longe do que se vendia e lia há cerca de 15 anos”.
A Feira do Livro foi apresentada, esta manhã, numa conferência de imprensa no Palácio das Galveias, em Lisboa. Uma cerimónia que contou com a presença do Presidente da Câmara da capital, Carlos Moedas. Vai estar aberta todos os dias, das 12h00 às 22h00 (fecha às 23h00 às sextas-feiras, sábados e em vésperas de feriado, abre às 10h00 aos domingos e feriados).
