Serão 90 horas de música que se vão ouvir durante quatro dias, até ao próximo domingo
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Começou há 20 anos com dois palcos, hoje tem 12 espaços onde vão decorrer 54 concertos. Trezentos e setenta e oito músicos de 31 países diferentes vão fazer ouvir as suas sonoridades pelas ruas da cidade velha de Loulé. O Festival Med começa esta quinta-feira e, este ano, pela primeira vez, tem um país convidado, o Reino de Marrocos. "Anualmente, iremos convidar um país que terá uma zona do festival totalmente dedicada à cultura desse país", conta o programador do MED.
Paulo Silva explica que este ano será uma experiência que se vai desenrolar num espaço pequeno, no Convento de Loulé, onde será instalado um Souk, e onde os visitantes podem experimentar a gastronomia, bem como ver artesanato e dança e ouvir música deste país magrebino. No próximo ano, outro país será convidado e a organização espera alargar a área dedicada a este propósito.
Na edição de 2024 há regressos e novidades da música do mundo. Numa nota enviada, a Câmara Municipal de Loulé explica que é de Marrocos que vêm alguns dos artistas de destaque, como a cantora Oum, o projeto Samifati, que apresenta Transe Gnawa Express ou o trabalho artístico “Aïta mon amour”, de Widad Mjama e do produtor Khalil Epi.
Haverá também alguns regressos ao palco do MED, como os Dubioza Kolektiv, a fadista Cristina Branco ou a fanfarra Kumpania Algazarra. O festival contará ainda com encomendas, concertos especiais e únicos, como o que juntará os portugueses Albaluna ao músico Ahmed Hamdi Moussa, o de João Frade Trio que convida o bósnio Miron Rafajlović, ou o encontro entre a guineense Eneida Marta e o moçambicano Huca.
Além da World Music, há atividades paralelas como cinema, conferências, teatro de rua, música clássica, poesia e animação para as crianças.
Os panos vermelhos, amarelos e azuis, imagem de marca do Festival MED, já decoram as ruas da zona antiga da cidade de Loulé, local onde tudo se passará. "As pessoas podem andar pelas ruelas dessa zona, tem calçada, e [o festival] dá uma vida nova a esta zona da cidade", afirma Paulo Silva.