FIATO: a festa que traz ao Porto "o expoente da ópera", dentro e fora do palco
A primeira edição do festival começa esta quarta-feira e traz cinco óperas em português às salas de espetáculo, mas também atuações nas ruas e oportunidades para todos explorarem a ópera
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O Festival Internacional de Artes e Ópera do Porto (FIATO) arranca pela primeira-vez esta quarta-feira, dia 13, até sábado. Teresa Nunes, diretora artística do grupo artístico Quarteto Contratempus, diz que a iniciativa pretende trazer a ópera de volta aos portuenses.
“No final do século XIX, a cidade era um expoente da ópera em Portugal”. Teresa Nunes afirma que a ópera fez-se ouvir menos no Porto desde que o Teatro Nacional de São João passou a estar aberto a outros tipos de espetáculos.
Sublinha, ainda assim, que o grupo quer, com o FIATO, “trazer [a ópera] de volta à comunidade.”
Se as pessoas não vão à ópera, a ópera vai até às pessoas
O FIATO oferece uma programação que leva o teatro e o cântico lírico para dentro e fora do palco. Sobre esta última possibilidade, Teresa Nunes deixa alguns exemplos: “Quem for às compras ao Mercado do Bolhão poderá ser surpreendido por um sketch de ópera. Na quinta-feira, vamos ter um sketch na via Catarina e na sexta-feira dentro de um autocarro da STCP, na Praça D. João I.”
A diretora artística releva que estas atuações levarão o público a situações do quotidiano da cidade do Porto. Contudo, a programação nas ruas não fica por aqui.
Os interessados têm a oportunidade de participar em experiências e explorar o seu lado artístico.
“Teremos aulas de canto para quem quiser inscrever-se, teremos também um workshop de saúde vocal e um open microfone, que será no sábado, dia 16, às 22h00, na Casa da Beira Alta, onde qualquer pessoa, nem que cante no chuveiro e que queira ter palco neste festival, terá um pianista à sua espera para cantar uma área de ópera ou uma canção napolitana que conhece.” O participante pode levar uma partitura ou escolher entre as partituras disponíveis, ao lado do piano.
Para quem gosta de assistir a ópera numa sala de espetáculos, a diretora artística diz que há cinco obras, todas em português, que vão ganhar vida quando o pano subir. Entre elas, está a atuação de “Maria da Fonte, uma figure incontestável, que representa um pouco a revolução do Norte”, mas também “Torre da Memória”. Teresa Nunes descreve esta peça como “um hino às mulheres dos pescadores, que tinham um trabalho tremendo para sustentar a sua casa”.
Para consultar a programação da primeira edição do Festival Internacional de Artes e Ópera do Porto pode carregar aqui.
