Os GNR levaram ao palco do Rivoli Piscopátria. Pegaram num disco de fio a pavio, e tocaram como se estivéssemos a ler um livro. Pegaram nos "Pós Modernos" e só acabaram na décima. "O disco é feito todo como se fossemos tolinhos. Zumba por ali fora", diz Reininho.
Corpo do artigo
Por ali fora, como se estivéssemos a desafiar as memórias enquanto vemos um álbum de fotografias. Psicopátria, 30 anos. "Foi com este disco que partimos para o mundo e não sei se os meus colegas, camaradas, palhaços, amigos estão de acordo, mas foi a partir daqui que assumimos um certo profissionalismo", lembra Rui Reininho à TSF.
O álbum que virou a página da carreira dos GNR deixa a cada um paixões diferentes. No baixo, Jorge Romão escolhe "Bellevue", porque "é linda, de blue jeans". Na guitarra, Tóli César Machado prefere "talvez o soldado" ("Ao Soldado Desconfiado"), e explica: "É uma música que já não tocamos há muito tempo e deu-me algum prazer fazê-la agora outra vez". Na voz, inconfundível, Rui Reininho diz-se "mais entusiasmado" com o "Dá Fundo": "Já tinha saudades daquele pa pa pa piscina que é uma coisa tola, mas é uma homenagem a um grande músico, o Brian Wilson, e os Beach Boys".
A "Bellevue" do Rivoli encheu nesta noite com velha e "Nova Gente". "Efectivamente", este foi o primeiro concerto do ciclo Porto Best Of , que está a ser orientado por Miguel Guedes, dos Blind Zero. O próximo concerto deste ciclo no Rivoli é em Maio, com uma noite de hip hop, No cartaz, estão Dealema e Capicua, a abrir.