Há um ano "o mundo ficou ao contrário". A vida de Zé Pedro recordada pelos Xutos
Foi há um ano que morreu uma das figuras mais carismáticas do rock português. Zé Pedro, guitarrista e fundador dos Xutos & Pontapés, tinha 61 anos.
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Um ano sem o Zé Pedro ou um ano sem o cidadão José Pedro Amaro dos Santos Reis. A verdade é que o eterno cavalheiro do Rock 'n' Roll continua, "à maneira dele", a fazer parte das nossas vidas.
E não é só de "Bragança a Lisboa", até Timor que chegou uma homenagem a Zé Pedro, pelos alunos de uma escola em Viqueque, a primeira cidade onde o músico viveu, quando chegou ao outro lado do mundo, apenas com 4 anos.
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Há um ano, no dia da morte de Zé Pedro, a frase mais ouvida era "não conheço ninguém que não goste do Zé". Foi por aí que começou a conversa sobre o "Homem do Leme", com o baterista dos Xutos, Kalú.
Kalú, baterista dos Xutos & Pontapés, recorda que Zé Pedro era querido por toda a gente e não tem dúvidas de que foi ele que deu à banda o lugar que têm hoje na música rock em Portugal.
Tim, a voz dos Xutos, outro companheiro de luta durante quase 40 anos, recorda que Zé Pedro nunca pretendeu imitar ninguém e era um devorador de música rock.
Zé Pedro não foi apenas o guitarrista de uma banda: viveu fiel à máxima do rock, abraçou vários projetos, causas sociais, foi critico de música, divulgou-a através de vários programas de rádio, fundou um clube de rock, foi DJ.
A música era o seu oxigénio. Conseguiu fugir da "Tentação" mas, há um ano, a saúde acabou por fazer-lhe o "Cerco". Os "Gritos dos fãs foram Mudos" e o "mundo ficou ao contrário". "Para sempre."
O lançamento do novo álbum dos Xutos & Pontapés está previsto para janeiro do próximo ano, no 40.º aniversário da banda. O disco tem a participação de Zé Pedro em algumas das canções.