A. Miranda é descrito como um homem com um espírito arquivista, que se refugia num humor que revela um profundo conhecimento do contexto politico e social da época em que desenhou. Ver e ler A. Miranda é uma lição.
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O Museu da Misericórdia do Porto já inaugurou a exposição "Humor de Miranda - do mental ao metal", que passa em revista a carreira de António Miranda, que assinou durante quatro décadas, cartoons no Jornal de Notícias (JN).
O início desta história remonta ao ano de 1955, quando tudo começou por uma colaboração esporádica. Semanalmente, o JN publicava um desenho de A. Miranda, "que recebia 25 contos. Muito pouco", conta José Costa Carvalho, antigo chefe de redação do Jornal de Notícias e coordenador desta iniciativa.
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Rapidamente o olhar atento do desenhador e a aceitação dos leitores levaram o Jornal de Notícias a integrar um cartoon todos os dias, na última página. "O Miranda é que vendia. Era obrigatório".
António Miranda iniciou o seu percurso enquanto cartunista na Voz do Ridiculus, passando depois pelo Diário de Noticias, mas foi no Jornal de Notícias que desenvolveu a maior parte da sua carreira. Ao mesmo tempo desenhava para várias publicações da área tanto em Portugal como em Espanha.
A exposição pode ser vista até 25 de novembro no Museu da Misericórdia do Porto.