Jorge Palma com orquestra na Fortaleza de Valença: “Dá muito gozo e soa muito bem”
Músico vai cantar e tocar com jovens músicos portugueses e galegos, esta sexta-feira, às 21h30. O concerto integra a programação do festival transfronteiriço IKFEM, que decorre até domingo
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A fortaleza de Valença recebe, esta sexta-feira à noite, um concerto inédito de Jorge Palma, acompanhado por uma orquestra composta por jovens músicos portugueses e galegos, e regida pelo maestro Cesário Costa.
O espetáculo “70 voltas ao sol”, integra a programação do festival transfronteiriço IKFEM, que decorre até este domingo, em palcos das cidades de Tui e Valença, com concertos, conversas e uma Mostra Criativa Enogastronómica, que vai fechar a velha ponte sobre o rio Minho durante o dia de sábado.
Jorge Palma, que desde 2020 tem vindo a apresentar o seu repertório com orquestra, em concertos em Lisboa, Porto e Coimbra, volta a fazê-lo agora em Valença.
“Desta vez tem a particularidade de serem músicos da Galiza e do Norte de Portugal. É engraçada esta convivência aqui na fronteira”, disse à TSF, num dos ensaios para o espetáculo “70 voltas ao sol, que está previsto para a noite desta sexta-feira, a partir das 21h30, na Fortaleza de Valença.
Mais de 20 temas, desde “Frágil”, “Deixa-me rir” e “Estrela do mar”, a “Essa miúda”, “Dá-me lume”, “Balada de um estranho”, “Vida” e “A Gente vai continuar”, vão ser apresentados pelo cantor e compositor ao piano e à viola, com acompanhamento de 14 instrumentos clássicos.
Jorge Palma refere que a sua música e poesia, ganham “delicadeza e emoções fortes também, às vezes” com a orquestra. “É uma alegria tocar com este pessoal”, comentou, após quase duas horas a ensaiar numa sala do Conservatório de Música de Tui.
“Está a funcionar perfeitamente. Aterrei aqui de repente e corremos as músicas todas”, afirmou o músico, referindo que colorir as suas canções com música clássica, “dá muito gozo e soa muito bem”.
Cristian Martinez, de 16 anos, de Ponteareas, Galiza, vai tocar trombone. “Não conhecia o Jorge Palma, conheci-o agora, mas tive uma agradável surpresa. Gostei muito do estilo. É interessante escutar algo assim”, contou, acrescentando que, além disso, preparar o concerto com outros músicos portugueses e galegos “é uma nova experiência para unir a Galiza e Portugal, conhecer gente nova, aprender muito e viver algo novo”. E, do lado português, Lucas Pires, de 16 anos, tocará clarinete e clarinete baixo. “Venho de Monção. Isto foi um desafio que o meu professor me impôs. Fiz provas e entrei. Já conhecia o Jorge Palma e algumas músicas como “A gente vai continuar” e “Essa miúda”, por exemplo”, disse, considerando “uma muito boa experiência”, conhecer “novas pessoas, o músico e um novo maestro”.
Vai reger a orquestra transfronteiriça, o maestro Cesário Costa, que afirma que “é sempre uma experiência muito especial, fazer a música do Jorge Palma e estar com ele em palco”. “A sua música toca toda a gente e estou convencido que vai ser um momento único”, disse, concluindo: “Com a orquestra, há outras cores, outra sonoridade que o público vai encontrar e ouvir. Não vou dizer que é melhor ou pior, mas é diferente e é uma sonoridade orquestral muito especial que funciona muito bem com a música de Jorge Palma”.
Para a noite desta sexta-feira, Palma preparou um concerto, que promete pôr os músicos que o acompanham, não só a tocar, mas também a cantar com o público o tema “A Gente vai continuar”. No ensaio, portugueses e galegos repetiram, alegremente, “enquanto houver estrada pra andar, a gente vai continuar, enquanto houver estrada pra andar, enquanto houver ventos e mar, a gente não vai parar”.
