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E deu Espanha mais uma vez. Los Domingos, de Alauda Ruiz de Azúa, foi o grande vencedor do Festival de San Sebastián. Depois de O Corno e Tardes de Solidão, hat-trick espanhol na Concha de Ouro. Nestes últimos anos, o maior festival de Espanha tem escolhido júris que amam a cinematografia espanhola, por estes dias em alta. O grande problema destas escolhas é que o festival acaba por poder passar internacionalmente uma ideia de protecionismo local. Por exemplo, mais uma vez o cinema americano fica de fora do palmarés.
De resto, Los Domingos não foi a única glória espanhola. O documentário Histórias del Buen Valle, de José Luis Guerín, venceu a Concha de Prata — Prémio Especial do Júri e o Prémio Cooperação Espanhola, enquanto que José Ramón Soroiz ganhou com mérito a Concha de Melhor Ator Principal pelo basco Maspalomas, outra das obras-primas desta edição número 73.
Los Domingos levou ainda para casa o prémio FIPRESCI, dado pela crítica internacional.
Deste palmarés, Seis Dias Na Primavera, de Joachim Lafosse, teve dois prémios, Melhor Argumento e Melhor Realização, sucedendo assim a On Falling, de Laura Carreira, que este ano foi precisamente jurada. Na secção das esperanças, o cinema português foi o grande vencedor com a curta A Solidão dos Lagartos, belíssimo exercício de Inês Nunes.
