"Mais empatia, melhor humanidade." Extramuralhas leva 21 artistas a Leiria numa edição com "mensagem de consciencialização"
O festival decorre até sábado em vários espaços da cidade de Leiria
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O festival Extramuralhas começa esta quinta-feira em Leiria, com 21 artistas nacionais e internacionais de diferentes estéticas da música independente que, até sábado, atuam em vários espaços da cidade sob o lema “Mais empatia, melhor humanidade”.
Esta 14.ª edição do festival organizado pela associação Fade In tem como cabeças de cartaz os britânicos Matt Elliott, And Also The Trees e Keeley Forsyth e os belgas Suicide Commando. Em Leiria vão ainda atuar artistas de França, Alemanha, Suécia, Espanha, Brasil, Bélgica, Estados Unidos da América, Turquia, Polónia, Grécia e Portugal.
Em declarações à TSF, Carlos Matos, da organização do festival, adianta que, este ano, o festival leva uma mensagem política e social ao público.
"Não podemos também estar alheados do que está a passar no mundo, um mundo em guerra, com guerras fratricidas e temos sempre uma mensagem de apaziguamento e também de consciencialização. Numa altura em que, por exemplo, Elon Musk usa os meios que tem para dizer que a empatia é uma fraqueza da humanidade, nós não podíamos estar mais em desacordo e então o nosso lema deste ano no festival é mais empatia, melhor humanidade", explica à TSF Carlos Matos.
Segundo a organização, por estes dias, a cidade de Leiria transforma-se na capital da cultura gótica. Carlos Matos acrescenta que a transição do evento para lá das muralhas tornou o festival mais inclusivo.
"Aliámos o facto de um dos ex-libris do castelo, a Igreja da Pena, ser arquitetura gótica para fazermos um festival com características de música gótica, sendo que a música gótica é bastante abrangente. A partir dessa ideia, construímos um festival que decorria no Castelo de Leiria desde 2010, nessa altura, o Extramuralhas chamava-se Entre Muralhas, porque os três palcos que existiam eram todos dentro do castelo. Depois, em 2017, o castelo entrou em obras e nós transferimos o festival de dentro do castelo para fora do castelo. Ao fazermos isso, tornámos o festival mais inclusivo", considera.
Os concertos repartem-se pela Igreja da Misericórdia - Centro de Diálogo Intercultural, Teatro José Lúcio da Silva, Stereogun e Jardim Luís de Camões, sendo que neste espaço público, no centro da cidade, haverá 11 espetáculos com entrada livre.
Esta quinta-feira, o festival arranca no Teatro Miguel Franco com a exibição do documentário “Monk in pieces”, dedicado à artista norte-americana Meredith Monk.
O dia completam-se com as atuações de Sophia Djebel Rose (França), Matt Elliott (Inglaterra/França), And Also The Trees (Inglaterra), SIIE (Alemanha/Suíça), Then Comes Silence (Suécia) e Lovataraxx (França).
Na sexta-feira atuam no Extramuralhas Fagelle (Suécia/Alemanha), Pink Opake (Brasil), Darkways (Espanha), Bärlin (França), Keeley Forsyth (Inglaterra), La Boum Brute (França), Suicide Commando (Bélgica) e Syzygyx (Estados Unidos da América).
O derradeiro dia do festival, sábado, contempla concertos de Ece Canli (Turquia/Portugal), So Dead (Portugal), Tilly Electronics (Alemanha), Decline and Fall (Portugal), Minuit Machine (França), Nnhnm (Polónia/Alemanha) e Doric (Grécia).
