Marcelo recorda António-Pedro Vasconcelos como "homem culto, frontal e interventivo"
Entre as suas obras, o chefe de Estado destaca O Lugar do Morto, de 1984, que na época foi "o maior sucesso de bilheteira nacional".
Corpo do artigo
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinha que António-Pedro Vasconcelos foi "um dos críticos e cineastas que prolongaram a esperança num cinema novo português", estando "desalinhado do regime" e em linha com o cinema europeu.
"Homem culto, frontal, interventivo e intempestivo, gostava de literatura, da clareza e acutilância da prosa de Stendhal, dos grandes mestres do cinema clássico americano, e envolveu-se em campanhas políticas e em combates cívicos, ligados por exemplo à RTP e à TAP", recordou Marcelo numa nota no site da Presidência da República.
Entre as suas obras, o chefe de Estado destaca O Lugar do Morto, de 1984, que na época foi "o maior sucesso de bilheteira nacional".
"Viria a destacar-se como defensor e praticante de um cinema de grande público, projeto que nunca abandonou e que se tornaria uma polémica recorrente, pois dizia respeito tanto aos modos de financiamento como às próprias ideias de cinema e de público", lê-se na nota do Presidente.
Por fim, recorda também o seu percurso como professor, cronista e ensaísta e dirige-se à família.
"Com antiga e grande amizade, o Presidente da República manifesta à família de António-Pedro Vasconcelos o seu pesar e o seu reconhecimento", acrescenta.