Uma semana depois do Entrudo, é dado o pontapé de saída para a candidatura das máscaras de Lazarim a património imaterial da humanidade da UNESCO.
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A Câmara Municipal de Lamego anunciou, esta terça-feira, a candidatura das máscaras de Lazarim a património imaterial da humanidade da UNESCO, no Centro Interpretativo da Máscara Ibérica, que fica justamente localizado em Lazarim.
"O objetivo está perfeitamente definido: é preservar todo este património, mantê-lo de geração em geração, tal como até agora se fez. É essa a nossa obrigação. A ideia é fazer afirmação, uma afirmação regional, nacional e mundial. Depois o turismo virá. O retorno virá naturalmente", afirma o presidente do município, Ângelo Moura.
O autarca fala nesta secular tradição da pequena vila de Lazarim, que tem o ponto alto na terça-feira de Carnaval, quando os caretos saem à rua com as máscaras na cara.
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Na localidade não são mais de uma dúzia os artesãos que mantém vivo este ofício ancestral. As máscaras de Lazarim são esculpidas a partir da madeira do maeiro e resultam sempre em diabos ou senhoritas. Cada máscara é única.
Adão Castro Almeida é um dos 12 artesãos em actividade. Esculpe máscaras há 37 anos. Também ensina os jovens locais e até os turistas. Prefere fazer diabos e garante que é a madeira que faz as peças. "Cada pau tem uma máscara. Nós artesãos temos que lhe tirar a madeira que está a mais. Se tirarmos a mais, não temos a máscara, se tirarmos na quantidade certa a máscara está lá", explica.