A Fundação José Saramago encomendou ao compositor António Pinho Vargas, uma sinfonia, a partir da obra do escritor para assinalar os 20 anos da atribuição do Prémio Nobel da Literatura, a estreia é esta noite, na Culturgest, em Lisboa com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, António Pino Vargas chamou à sinfonia "Memorial".
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A premissa para a composição da sinfonia era a escolha de três obras de Saramago que deveriam estar presentes em música na sinfonia encomendada. "Ensaio Sobre a Cegueira", "Ensaio Sobre a Lucidez" e as "Intermitências da Morte", António Pinho Vargas ouviu a proposta seguindo uma linha a ética da cidadania, proposta por Pilar del Rio, dentro de cada uma das obras há essa ligação, a um pensamento sobre a sociedade e uma qualquer epidemia.
Um concerto logo à noite que não só marca os 20 da atribuição do Nobel da literatura mas também os 70 anos da declaração dos direitos Humanos, Sérgio Machado Letria diretor da Fundação Saramago fala nessa comemoração dupla, e no momento onde há vinte anos José Saramago referiu os 50 anos da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A trilogia dos romances proposta a António Pinho Vargas verte para a sinfonia, a violência das palavras, com momentos mais intensos e no entanto uma qualquer luminosidade que lá ao fundo traz a esperança. Uma obra, "Memorial" em estreia mundial só a Orquestra Metropolitana a ouviu, é já um trabalho habitual a Orquestra estrear obras contemporâneas lembra o maestro Pedro Amaral que este é o tempo de criar, para acompanhar a estreia de Memorial de António Pinho Vargas, segue no programa sinfonia de câmara de Dimitri Shostakovich com um arranjo de Rudolf Barshai.
Concerto com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, na Culturgest, às 7 da tarde com a estreia mundial de "Memorial", sinfonia de António Pinho Vargas encomenda da Fundação Saramago para assinalar os 20 anos da entrega do prémio Nobel da Literatura e os 70 anos da Declaração dos Direitos Humanos.