Helena Almeida, uma das mais importantes artistas plásticas dos séculos XX e XXI, morreu esta terça-feira aos 84 anos.
Corpo do artigo
Helena Almeida morreu esta terça-feira aos 84 anos. A notícia da morte da artista foi avançada ao jornal Público pela curadora Isabel Carlos.
Helena Almeida iniciou a sua carreira no final da década de 1960 e é considerada uma figura incontornável no panorama artística português contemporâneo. Detentora de uma obra multifacetada, nos últimos anos, teve os trabalhos expostos no Museu de Serralves, no Porto, em Paris e em Bruxelas.
Em 2018, a retrospetiva "A minha obra é o meu corpo, o meu corpo é a minha obra", foi exposta na Tate Modern em Londres. Na semana passada, a artista portuguesa inaugurou a exposição "Dentro de mim" , na galeria Helga de Alvear, em Madrid.
TSF\audio\2018\09\noticias\26\08_maria_miguel_cabo_helena_almeida
Para o ministro da Cultura, que emitiu um comunicado enviando condolências à família, Helena Almeida "emprestou uma densidade que transgredia as fronteiras rígidas desse espaço altamente simbólico".
"A singularidade do seu olhar sobre a criação e o processo artístico sustenta-se ainda num comprometimento direto com o seu próprio corpo, exposto na dupla condição biográfica e ficcional. De certo modo, na sua relação com o corpo, Helena Almeida fixava também um olhar sobre a mulher através da história da arte, e em particular na história da arte portuguesa, procurando inscrever uma memória que antecedia e prolongava o que nela escolhia fixar", sublinha a tutela.
As fotografias de Helena Almeida, com formação em pintura, foram sempre registadas pelo marido, o arquiteto e escultor Artur Rosa, também nascido em Lisboa, em 1926.
Helena Almeida nasceu em Lisboa, em 1934, cidade onde vivia e trabalhava, e estudou Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, começando a expor individualmente em 1967, na Galeria Buchholz.
A artista representou Portugal na Bienal de Veneza por duas ocasiões: em 1982 e em 2005, e em 2004, participou na Bienal de Sidney.