O ator faleceu aos 69 anos de idade, vitima de doença prolongada. Muitos conheceram-no como o professor Snape dos filmes de Harry Potter e pela voz grave inconfundível no mundo da interpretação.
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É um dos mais admirados e conceituados atores britânicos das últimas décadas. A família confirmou esta quinta-feira o falecimento de Alan Rickman. O também realizador tinha 69 anos e não resistiu à batalha contra o cancro.
Nos anos mais recentes, Rickman ganhou toda uma nova legião de fãs com o desempenho da personagem de professor Snape, nos filmes da saga Harry Potter.
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Mas a sua presença no grande ecrã começou na década de 1980 quando "fez a vida negra" a Bruce Willis no filme "Die Hard".
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A personagem de Hans Gruber foi a primeira de vários vilões interpretados pelo ator: foi o xerife de Nottingham no filme "Robin dos Bosques - O Príncipe dos Ladrões", "Rasputin" no filme com o mesmo nome produzido pela HBO e Juiz Turpin no filme "Sweeney Todd: O Terrível Barbeiro de Fleet Street".
Rickman foi também realizador ("Nos Jardins do Rei" e "O Convidado"), mas foi no teatro que se definiu e estabeleceu o talento do ator e foi ao teatro que voltou em vários momentos da sua carreira. A estreia surge com Valmont, em 1986, papel que lhe valeu uma nomeação para os prémios Tony.
Com uma voz inconfundível, cuja dicção é reconhecível por várias gerações de adeptos do cinema e do teatro, o ator britânico destacou-se também como ativista político, apoiando o Partido Trabalhista, e como benemérito, ajudando instituições de caridade e artistas de países menos desenvolvidos.
"O talento é um acidente com os genes. E uma responsabilidade", dizia frequentemente o ator, que também defendia a ideia de que não tinha medo do inesperado.
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A legião de fãs espalhada por inúmeros sites, blogues e vídeos na Internet, inclui até cientistas, sendo disso exemplo a conclusão a que chegaram vários linguistas britânicos em 2008: "as vozes mais apelativas misturam elementos de Alan Rickman, Jeromy Irons e Michael Gambon".
Apesar de ter participado em dezenas e dezenas de filmes, peças de teatros e séries de televisão, o ator britânico nunca viu o seu trabalho recompensado por Hollywood: ganhou um Globo de Ouro, um Emmy, um Bafta e muitos outros prémios, mas nunca um Óscar.
"Os atores são agentes de mudança. Um filme, uma peça de teatro, uma peça musical ou os livros podem fazer a diferença e podem mudar o mundo", disse em 2008.