O Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, vai estar fechado, pelo menos, durante os próximos três, quatro meses. Uma semana depois das cheias, o edifício continua parcialmente submerso.
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Há uma semana que 4 bombas, trabalham 24 horas por dia, para retirar a água que inundou o Mosteiro. Celeste Amaro, diretora Regional da Cultura do Centro, diz que o interior do Mosteiro ficou muito danificado.
O Centro Interpretativo já está em condições para reabrir amanhã, mas quanto ao Mosteiro, vão ser necessários vários meses para que possa voltar a ser visitado.
"A partir de amanhã reabrimos o Centro Interpretativo do Mosteiro, é uma zona nova que foi reconstruída em 2009. Toda a parte do Mosteiro e da igreja ficará interdita até que seja retirada toda a água, contabilizados os estragos e depois de fazer a devida recuperação. Pelo menos três a quatro meses ou cinco ou seis, não sei dizer exatamente como é que o Mosteiro está no interior".
A diretora Regional da Cultura do Centro diz ainda que num primeiro balanço os prejuízos ascendem a várias centenas de milhares de euros.
"Um cálculo muito por alto feito pelos técnicos da direção geral aproxima os prejuízos dos 400 mil euros. Mas tendo em linha de conta a parte de madeiras, que tem que ser substituída, a parte de conservação e restauro de cerâmica e azulejo... Os cálculos vão entre 400 a 450 mil euros".
Assim que tenha dados rigorosos dos danos que as cheias provocaram no Mosteiro de Santa Clara, a Direção Regional da Cultura do Centro vai pedir responsabilidades à EDP, a entidade que gere a Barragem da Aguieira.
Uma semana depois das cheias, o mosteiro ainda se encontra parcialmente submerso, mas a profundidade da água neste monumento nacional "já baixou 1,5 metros" devido ao uso de bombas próprias para retirar água, referiu.
Este ano comemoram-se os 700 anos do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, reaberto em 2009, depois de uma intervenção que custou cerca de 16 milhões - 6 milhões dos quais no sistema de contenção de águas.