MUMI. Feira de música transfronteiriça quer maior circulação de espetáculos na fronteira do Minho
A feira decorre até sábado na eurocidade Valença-Tui
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Sete grupos de pandeiretas da província de Pontevedra, Galiza, inauguram, esta quinta-feira, em Tui, a 5.ª edição do MUMI-Músicas no Minho, um encontro profissional transfronteiriço, que luta por uma maior e circulação de espetáculos e visibilidade dos projetos musicais das duas margens do rio Minho.
O certame que convoca para o ‘networking’ a indústria musical e agentes culturais portugueses e galegos, desde artistas, managers, agências e empresas do sector, profissionais da gestão cultural, a gestores de programas e jornalistas, está também aberto ao público em geral, que pode assistir a showcases, concertos e palestras.
A feira decorre desta quinta-feira até sábado na eurocidade Valença-Tui, mantendo o objetivo com que foi criada desde a sua primeira edição: criar novos mercados para a música galega e portuguesa.
“O MUMI é um encontro profissional e tem como objetivo aproximar os dois lados do rio Minho, neste caso a Galiza e Portugal, de forma a dinamizar um pouco mais a circulação dos espetáculos dos artistas portugueses e galegos”, afirmou à TSF, José Costa, da organização, referindo que, além dos “250 artistas de Portugal e da Galiza inscritos para showcases”, a feira conta ainda, como já é habitual, com uma participação da Catalunha.
O foco do MUMI é “aproximar” os agentes culturais dos territórios ao redor da fronteira minhota, para que “aconteçam mais coisas com os artistas de um lado para o outro e vice-versa”. “Tem sido uma jornada bonita de acontecer”, considera José Costa, sublinhando que esta nova edição do certame prossegue uma sementeira que, acredita, deverá redundar em colheita no futuro. Explica que a missão do evento transfronteiriço se assemelha à do MIL (Lisboa), que se dedica à descoberta, promoção, valorização e internacionalização da música popular atual e a uma reflexão sobre políticas e práticas culturais, mas com diferentes alvos. “O MIL é um bocado focado numa internacionalização e nós estamos mais focados no vizinho do lado. E, a exemplo de outras que existem, por exemplo, em Espanha, várias feiras deste tipo, nós acreditamos que só a longevidade poderá trazer ao projeto o real proveito que possamos ter”, disse.
