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A nova diretora do Museu Nacional do Azulejo, Rosário Salema de Carvalho, defende a ideia para manter vivo o interesse no azulejo, e também aliviar a pressão turística.
O projeto ainda não tem data para ser lançado. Está a ser trabalhado numa altura em que está previsto para abril o lançamento do concurso para a primeira fase das obras no museu, nos telhados e fachadas.
"A ideia é que a partir da coleção do museu e de conhecer a história do azulejo, que os visitantes sejam conduzidos e devolvidos à cidade mais atentos ao que é o património azulejar", afirma.
Partindo da ideia de que "o azulejo é um património vivo", os roteiros são um convite para o descobrir nas ruas, no metro, nas fachadas e no interior de palácios e de igrejas.
"A nossa intenção não é ir para a rua acompanhar as pessoas. A nossa intenção é ter um conjunto de sugestões que definem um percurso na cidade e os visitantes irão sozinhos com um roteiro que pode estar impresso ou ser digital, e começar por indicar as instituições que já têm aberto ao público esse património e depois começar a crescer", sublinha.
E por onde começar? A diretora do Museu Nacional do Azulejo sugere "o Mosteiro de São Vicente de Fora, por ser um dos sítios com mais azulejos no mundo".
O museu está instalado no antigo Museu da Madre de Deus, na Penha de França, numa zona onde não há grande oferta cultural e de transportes. Os roteiros, segundo a diretora, também vão dinamizar a comunidade.
O Museu Nacional do Azulejo é o museu mais visitado da Museus e Monumentos de Portugal. De acordo com a nova diretora, no ano passado recebeu 290 mil visitantes, 80% eram estrangeiros.