O Museu Nacional Grão Vasco celebra hoje o seu centenário de "portas abertas". Classificado como nacional há cerca de um ano o museu reúne vários tesouros nacionais.
Corpo do artigo
Visto de fora é um enorme cubo em granito mas o interior do Museu Grão Vasco, encostado à lateral direita da Sé de Viseu esconde segredos que não são visíveis pelos visitantes. Na "cave, virada à cisterna do Largo António José Pereira ficam as oficinas, laboratórios e as máquinas que preservam a segurança do Paço dos Três Escalões".
Acompanhados pelo diretor do museu subimos ao rés-do-chão, o piso térreo onde estão os serviços, a livraria, cafetaria, biblioteca e sala de exposições temporárias. No primeiro andar há mais peças expostas mas é preciso chegar ao segundo andar para encontrar os painéis de Grão Vasco e o ex-líbris do museu, o "S. Pedro". No último andar encontramos, logo abaixo do telhado o cofre-forte onde "estão guardadas várias centenas de pinturas. Cerca de 4 mil, muitas delas expostas noutros espaços do país e que constituem as reservas", adianta Agostinho Ribeiro.
O Museu Grão Vasco foi fundado a 16 de março de 1916, por Francisco Almeida Moreira, com o objetivo de preservar e valorizar o património histórico, artístico e arqueológico da região de Viseu, em especial as pinturas de Vasco Fernandes, está localizado no centro histórico, no Paço dos Três Escalões, um imponente edifício granítico do século XVI e próximo da Sé Catedral.
O seu acervo resulta de aquisições, legados e doações, atualmente reúne obras de arte de diversa tipologia e épocas, incluindo 22 bens classificados como tesouros nacionais.
O dia 16 de março marca o ponto alto do centenário do museu e sob o mote "A Festa do Museu, a Festa de Viseu", vão decorrer na cidade várias ações como o lançamento de edições temáticas, celebrações solenes, um concerto do Coro do Teatro Nacional de São Carlos - mais logo à noite e a inauguração da exposição História do Museu Nacional Grão Vasco, desde os antecedentes da sua fundação à atualidade.