O festival que se realiza em Amarante termina este domingo
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Segundo dia do festival Mimo, de regresso a Amarante, e com muita gente na rua, muitas tendas na margem do rio Tâmega, numa ocupação já tradicional no fim de semana do festival que esgota toda a ocupação hoteleira da zona.
O programa acontece em diversos espaços da cidade, alguns deles recuperados e agora disponíveis para serem palco das muitas atuações no Mimo.
O Solar dos Magalhães e o Cine-Teatro são dois exemplos de espaços reabilitados que são "novas" joias da cidade e pérolas para um festival que vai ocupando estes lugares, alguns, como o Solar - intervencionado pela mão de Siza Vieira - já com centenas de anos de história.
Mimo Bem Estar ou Mimo para Crianças são novas atividades para diferentes públicos que podem também conhecer (melhor) a cidade num passeio guiado, todos os dias, às 10h da manhã, com partida no Museu Amadeo de Souza-Cardoso.
O segundo dia do festival não pôde contar com a atuação da cantora e atriz maliana Fatoumata Diawara, depois do apagão informático de sexta-feira que afetou diversos voos, mas manteve todas as restantes atuações, com destaque para a música do Brasil neste segundo dia de festival.
Do Quinteto Nova Orquestra, no Solar dos Magalhães, a Flávia Bittencourt, no Museu Amadeo de Souza-Cardozo, de Simone Mazzer a Ritta Benneditto, de Àkila A.K.A. Puta da Silva aos Ilê Ayê, todos no palco do Parque Ribeirinho.
O primeiro bloco afro do Brasil - património cultural da Bahia - está em tournée de 50 anos e fez da noite de julho em Carnaval antecipado. A "revolução dos tambores" que começou num terreiro do bairro do Curuzu em Salvador da Bahia, no início dos anos setenta, em plena ditadura brasileira, veio lembrar a luta, de todos os dias, pelo orgulho negro e pela luta contra o racismo. E também que a cultura tem sempre uma componente política como sublinhou Mariana Mortágua, a deputada do Bloco de Esquerda também visitou o festival neste sábado de Mimo que teve ainda o brilho do piano de Luís Magalhães com a Orquestra do Norte par além dos Fóruns de Ideias e Workshops.
Domingo vai trazer mais música do mundo que vai do Mali ao Brasil, da Nigéria, Inglaterra ou Portugal mas também com raízes em África. Arnaldo Antunes com Vitor Araújo, Femi Kuti & The Positive Force ou Dino D`Santiago são algumas propostas para o último dia do Mimo 2024.
