O Prémio Nobel da Literatura 2015 distinguiu a escritora e jornalista bielorrussa Svetlana Alexievich. Tornou-se a 14ª mulher a ser distinguida com o prestigiado galardão.
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A Academia Sueca considerou a escrita de Svetlana Aleksievitch como "polifónica, um monumento ao sofrimento e à coragem no nosso tempo". Numa declaração divulgada pela Academia, a nova secretária permanente afirmou que Svetlana Aleksievitch, de 67 anos, "esteve ocupada nos últimos trinta ou quarenta anos a mapear o indivíduo [do período] pós-soviético".
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"Não se trata de uma história sobre acontecimentos, mas sobre emoções", afirmou Sara Danius, sublinhando que os temas retratados por Svetlana Aleksievitch, como o desastre nuclear de Chernobyl, são "pretextos para conhecer o indivíduo soviético e pós-soviético".
Da autora, de 67 anos, está publicado em Portugal o livro "O fim do homem soviético - um tempo de desencanto", que saiu este ano pela Porto Editora.
Na história do Nobel da Literatura somam-se agora 14 mulheres distinguidas com o galardão, sete delas nos últimos 25 anos.
A mais recente foi a escritora canadiana Alice Munro, em 2013, antecedida da alemã de origem romena Herta Müller, em 2009, da britânica Doris Lessing, em 2007, da austríaca Elfriede Jelinek, em 2004, da norte-americana Toni Morrison, em 1993, e da sul-africana Nadine Gordimer, em 1991.
A poetisa alemã Nelly Sachs, em 1966, a chilena Gabriela Mistral, em 1945, a romancista norte-americana Pearl S. Buck, em 1938, a escritora norueguesa Sigid Undset, em 1928, e a italiana Grazia Deledda, em 1926, foram as anteriores.
A sueca Selma Lagerlöf, autora de "A maravilhosa viagem de Nils Holgersson", foi a primeira mulher distinguida com o Nobel da Literatura, em 1909.