Numa paragem de autocarro, jardim ou à entrada do circo: "Não foi um livro esquecido, é para as pessoas levarem"

Leonardo Negrão/Global Imagens (arquivo)
O objetivo da iniciativa é promover a associação entre "livros e espaços informais", tornando-os "mais acessíveis a todos"
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De um banco na paragem dos autocarros à entrada do circo, este ano vai ser possível descobrir um livro nos vários cantos do país. A iniciativa é do Plano Nacional de Leitura (PLN) que alerta a população: "Não foi um livro esquecido, é para as pessoas levarem."
"Leva-me contigo" é a mensagem da campanha de natal deste ano do PNL, que voltou para abranger 50 localidades de todo o país. A iniciativa passa por oferecer livros em "sítios muito diversificados".
Ao contrário do ano passado, em que a campanha decorreu apenas em Lisboa, o mundo do imaginário vai ser levado a várias zonas do país. A ideia é convidar a população a oferecer um livro para que estes se tornem "mais acessíveis a todos". Um grupo de voluntários está, depois, encarregue da sua distribuição.
Em declarações à TSF, a comissária do PNL, Regina Duarte, explica que o objetivo é promover a leitura. Sublinha assim que, mesmo com dias ocupados, é possível encontrar tempos de espera que podem ser usados para ler.
"Deixamos [os livros] em bancos das paragens de autocarros, entradas de farmácias, centros de saúde, cafés, esplanadas e até na entrada de um circo. Ou seja, em sítios em que as pessoas passem e possam pegar no livro e levá-lo", esclarece.
A mensagem é "clara", mas, para não haver dúvidas, a organização assinalou estes livros com separadores onde é possível ler 'Leva-me contigo'. Com isto, o PNL espera também que a campanha possa ser divulgada nas redes sociais.
"É para as pessoas saberem que não foi um livro esquecido, mas que é um livro para as pessoas levarem", reforça.
Regina Duarte adianta que o projeto quer promover a associação dos livros com "espaços informais". Defende por isso que a leitura "deve estar presente no dia a dia", basta para isso que andemos sempre com um livro à mão.
"Se tivermos sempre um livro connosco, encontramos momentos do dia para ler. Há sempre momentos de espera que podemos aproveitar para ler", defende.

